Atividade da semana 09 a 13 de Agosto. Religião e Comunicação!

 




Você já parou para pensar que toda religião é também um sistema de comunicação? Nas religiões, podemos identificar a comunicação entre as pessoas que dela fazem parte e a tentativa de comunicação com seres imateriais, como deuses, espíritos, entidades etc.

A comunicação entre as pessoas é fundamental para transmitir os conhecimentos que são próprios daquela tradição. Por isso, as religiões sempre dedicam tempo para ensinar às novas gerações suas práticas de culto. Essas práticas de culto, por sua vez, consistem em um sistema de comunicação com o mundo sobrenatural. Assim, através de palavras, gestos, símbolos, músicas, ou muitas outras for- mas, os participantes de uma religião buscam contato com seu(s) deus(es) para adorar, agradecer, pedir bênçãos ou tornar-se parte de uma comunidade sagrada. A seguir, explicaremos melhor sobre isso.

As palavras sagradas podem estar presentes em uma tradição religiosa de várias formas. Pode ser através de uma história mitológica, de livros sagrados, de orações que podem ser decoradas, ou mesmo de palavras isoladas cujo sentido esteja relacionado à religião.

A figura ao lado apresenta os textos sagrados das chamadas “Religiões do Livro” (cristianismo, islamismo e judaísmo). Essas três religiões conferem um papel central para seus escritos sagrados e defendem que eles são uma forma de comunicação entre Deus e os seres humanos.

Também podemos citar como exemplos de palavras sagradas as saudações utilizadas na Umbanda e Candomblé (como Saravá, Motumbá, Kolofé, Mukuiu, Mojubá etc.) e os mantras, palavras utilizadas durante a meditação para alcançar o controle da mente, e que podem ter valor religiosos em tradições orientais como o hinduísmo, o budismo, o jainismo e o tantrismo.

Os símbolos religiosos também são uma importante forma de comunicação. Eles podem servir para indicar o pertencimento de um fiel à sua religião, ou como forma de aproximá-lo de seu(s) deus(es). Em certos casos, os símbolos também podem indicar o lugar que o indivíduo ocupa na hierarquia religiosa, como participante ou sacerdote.

Um cristão católico, por exemplo, pode trazer um crucifixo ou escapulário pendurado em seu pescoço. O uso desse símbolo vai fazer com que as outras pessoas percebam qual é seu pertencimento religioso. Mas pode ser também uma forma de o indivíduo se sentir mais próximo de Deus, manifestando sua devoção.

Os gestos também podem ser considerados uma forma de comunicação com as divindades. De acordo com as regras litúrgicas de cada religião, existem gestos e ações que podem ter um significado considerado sagrado.

Podemos citar como exemplo de gestos sagrados a dança no Candomblé, ou o sinal da cruz entre cristãos católicos. Para ir um pouco mais longe, podemos falar sobre a foto ao lado. O homem está meditando na posição de lótus (padmasana). Esta prática surgiu ligada à yoga hindu. É comum vermos representações de Buda e de deuses do hinduísmo nessa posição, pois ela tem um significado de desapego, beleza, pureza, espiritualidade, iluminação, riqueza material e renovação cósmica.

 Após ler o texto, você deve ter percebido que há muitas palavras diferentes. Para melhorar sua compreensão, pesquise e transcreva o significado das palavras a seguir em um dicionário impresso ou online.Entidade, mantra, hierarquia, escapulário, devoção, transe, teologia, contrição, litúrgico

 01- (Adaptação)Relacione o significado das palavras abaixo de acordo com as opções abaixo:

      01.Entidade.

      02.Mantra.

      03.Transe.

      04.Teologia.

 A) A cultura indiana, sílaba, palavra ou verso pronunciados segundo prescrições ritualísticas e musicais.B) Espíritos desencarnados de ancestrais que podem ser incorporados por médiuns durante os cultos nos terreiros de umbanda.C) Um estado alterado de consciência, um tipo de transe presente em religiões como o Espiritismo, a Umbanda, o Candomblé, religiões tradicionais indígenas, Animismo, Xamanismo, entre outras, onde supostamente há a incorporação de espíritos.D) Ciência ou estudo que se ocupa de Deus, de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem e com o universo.

 02. Assista ao vídeo “Five” (<https://www.youtube.com/watch?v=hQRdLtB2mwk>, acesso em 04 de maio de 2021) e identifique APENAS o que não é comum em toda religião.

 A) A religião tem como modelo a fé e a crença dos pais.B) A religião ensina a pessoa a odiar aqueles que não pertencem a sua fé.C) As crianças que são ensinadas corretamente de acordo com suas crenças e fé sabem respeitar os diferentes.D) As cinco religiões e as cinco crianças falam da diversidade religiosa, seus ritos, seus símbolos e gestos sagrados.

 Cinco crianças, cinco religiões, (quase) cinco minutos. Este curta-metragem nos leva do mundano para o sublime, do caótico ao calmo, e por um momento que consideramos nossas crenças sobre espiritualidade. Você vai ver que sobram semelhanças entre o hinduísmo, judaísmo, islamismo, cristianismo e o budismo, desde os rituais feitos antes de ir às celebrações religiosas até a forma como celebram seu Deus (ou Deuses), porque o princípio fundamental de toda religião é o mesmo: o amor. Filme produzido pela dupla de cineastas The Mercadantes!

 https://www.youtube.com/watch?v=hQRdLtB2mwk

Nossa cultura, a brasileira, nasce numa celebração de uma missa, ritual católico. E todo o desenvolvimento social e cultural é marcado pelo encontro de três grandes povos e três grandes religiões, os católicos, os africanos e os índios. Ao longo do tempo foi agregando novas religiões, novos modos de compreensão do sagrado, misturando tudo. Somos uma sociedade com uma pluralidade regional, cultural e religiosa!

No Brasil, os primeiros oratórios chegaram com os portugueses em suas caravelas. Seu uso era devocional e litúrgico, pois eram usados em orações individuais, bem como em rituais católicos como casamentos, batizados, novenas e outros eventos. Nas casas, era comum que as famílias tivessem algum oratório: ora nas alcovas, ora nas salas ou salões. Era onde as pessoas faziam suas orações de agradecimento ou pedidos em uma relação pessoal com o divino ou o santo de sua devoção. Nas grandes fazendas, havia quase sempre uma ermida, capela ou um oratório onde se realizavam as cerimônias e rituais católicos, já que o isolamento pela distância, dificultava a participação naquelas que eram realizadas nas capelas dos distritos ou na matriz de sua freguesia. Para aqueles que viajavam longas distâncias eram usados os oratórios itinerantes, de viagem ou de algibeira. Assim eram chamados os oratórios produzidos em forma de caixa para proteger de perigo de danos e perdas a imagem dos santos.

Ermida: substantivo feminino pequena igreja ou capela em lugar ermo ou fora de uma povoação.